O que é um polímata
Eu conheci esse termo há um bom tempo e vamos ver se faz sentido pra você também.
O que é um polímata?
Um polímata é uma pessoa que entende muito de diversas áreas. Vem do grego e é muito usado para designar artistas do Renascimento, como Da Vinci, Michelangelo, Cornelius e até outras celebridades como Benjamin Franklin, Edson, entre outros.
Eu me deparei com esse termo tem uns 5 anos e, desde então tenho usado muito pra me identificar. Na essência, acredito que todos nós sejamos polímatas - afinal, todo mundo sabe de várias coisas. Mas para fins práticos, usa-se o termo polímata quando você ativamente estuda e faz de muitas áreas de atuação a sua profissão.
Por que isso importa?
Tem um livro que li de David Epstein, chamado Por que os generalistas vencem em um mundo de especialistas, no qual ele defende que pessoas que experimentam mais tendem a ser melhor sucedidas no longo prazo do que aquelas que se especializam muito cedo.
Além disso, essas pessoas que experimentam em diversas áreas tendem a ser mais criativas. Ele estudou diversas áreas e, aproveitando que está fresco ainda, os ganhadores do prêmio Nobel têm 22x mais chances de seguirem hobbies para além de sua atuação.
Generalista ou polímata?
Um erro bem comum é associar polímatas com generalistas, mas na verdade são conceitos distintos. Eu amo a ideia de ser um generalista, até porque eu já fui um deles também.
Veja, eu fiz administração, entrei em pesquisa na área de psicologia, atuava como organizador de eventos, me tornei comercial durante muito tempo, abri uma empresa de educação e me tornei referência local na área de atendimento ao cliente. Nada a ver, certo?
Só que isso tudo me ajudou pra caralho a chegar onde estou hoje e, posso afirmar, não só me ajuda profissionalmente a me destacar, mas também pessoalmente, uma vez que consigo conectar muitos pontos e possuir uma extensão de conhecimentos.
Contudo, a diferença entre um generalista e um polímata é que esse vai estudar ativamente as suas diversas áreas, enquanto aquele simplesmente as tocou em algum momento. Não à toa, hoje eu me vejo num conflito interno de tantas áreas que eu gosto de estudar. Minha estante não tem lógica alguma. Tanto é que eu nunca usei muito as categorias biblioteconômicas para classificar. Minha estante é dividida em clássicos, fantasia, livros que me ajudam a escrever melhor, livros que me fazem uma pessoa melhor, livros brasileiros (+Saramago), livros que me ensinam sobre administração.
Portanto, a mensagem final aqui é: se você não está especializado ainda, não se preocupe: existe um mundo lá fora muito bem adaptado aos generalistas e você será muito útil. Não tenha medo o vergonha de não se reconhecer em uma área só. Você é um polímata.